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Sangue LEONINO

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Aquilo não...

Não é fácil escrever sobre o que se passou no passado sábado em Alvalade. Mas é impossível não o fazer. Porque o que se passou é demasiado grave e, creio, vai marcar os próximos dias da vida clube. E, sobretudo, não é fácil porque obriga a reprovar atitudes e comportamentos de um grupo de sportinguistas que se têm dedicado de alma e coração ao clube e, normalmente, de forma desprendida.

Como tem acontecido quase sempre em relação ao panorama desportivo nacional, o aparecimento da Juve Leo, no final dos anos 70, significou uma inovação de monta na vida dos clubes nacionais. Os outros foram, mais uma vez, a correr atrás, imitando descaradamente o nosso clube. Não vale a pena enumerar as tardes e noites de glória vividas pela Juve, muitas vezes maior que os resultados que o clube alcançava. Espero que esses dias não se fiquem apenas pela memória e os melhores ainda estejam para vir. Seria bom para a Juve e para o clube. Mas a vida de uma organização tem também dias menos bons e sábado foi um desses dias para a Juve Leo. Por várias razões:

1 -Num momento em que o clube e, sobretudo, a equipa de futebol precisa de discernimento e tranquilidade à sua volta, optam por deitar gasolina na fogueira, realizando uma acção de protesto, numa atitude marcadamente divisionista. De tal forma que, pelo que nos foi dado observar, conseguiu inclusive, dividir os próprios elementos da claque, comparecendo apenas um número reduzido na referida acção. Esta acção mais parece digna daquele tipo de pessoas, que perante a iminência de um acidente, optam por berrar e esbracejar em vez de, segurando no volante, procurar evitar o desastre iminente.

2- Porque conseguiram, ao mesmo tempo, a reprovação dos demais e até da equipa. E não se percebe a indignação da Juve pelo voltar de costas dos jogadores quando eles, afinal, acabavam de fazer o mesmo à equipa.

3- Porque acções deste tipo expõem o clube ao ridículo e à chacota por parte dos nossos adversários e não apontam nenhum caminho válido para a saída deste momento desportivo infeliz.

Os acontecimentos recentes obrigam a direcção da Juve a fazer uma profunda reflexão sobre a sua própria actuação. Porque uma claque não se pode julgar maior que o próprio clube, colocando-se acima dele, nem se deve sobrepor às decisões tomadas pela maioria dos associados. Não sei se as claques são necessárias ou não. Sei que o SCP, e a equipa em particular, precisa de apoio dos seus milhões de adeptos espalhados pelo mundo. Se há quem o deseje fazer de forma organizada, como numa claque, deve ter sempre presente que o faz voluntariamente, de forma generosa e desprendida, e sem que isso lhe arrogue mais direitos ou menos deveres que os associados e adeptos que o fazem de forma individual. Até porque:

1- Fazer tudo para ir ver a equipa jogar a todos os cantos do mundo não é um sacrificio. É um previlégio. Sacrificio é não poder ir.

2- A equipa representa o clube e não apenas os dirigentes que ocupam, em dado momento, os cargos de direcção.

Espero que a Direcção do Clube saiba reagir, sem medos, de forma proporcional e equilibrada.

verdão
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