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Sangue LEONINO

sexta-feira, agosto 03, 2007

Ecletismo como eu o vejo

Caro Leonino:

O post anterior põe o dedo numa ferida aberta no seio dos sportinguistas. O nosso clube conta com as suas maiores e mais consistentes conquistas precisamente nas modalidades extra-futebol, em particular no atletismo. Mesmo o andebol e o basquetebol, p. ex., sempre nos deram mais motivos de regozijo que o próprio futebol.

Dito isto gostava desde já de deixar claro que sou um apaixonado pelo desporto em geral – há pouquíssimas modalidades que não me despertem interesse – mas é o futebol que me tem como um ferrenho adepto. E já foi pior, se foi. Hoje, perdida a ingenuidade e com a imundice reinante no futebol nacional, concentro as minhas atenções no SCP apenas.

Sinceramente não creio que seja possível nem até desejável voltar ao modelo antigo dos anos 80, a década em que se acabou com a carolice nas modalidades e se enveredou por um profissionalismo encapotado. Não é por acaso que a grande maioria dos nomes que cita estejam associados ao tempo em que se jogava e corria com amor à camisola, e, dos anos 80 para cá, haja poucos nomes que tenham passado pelo clube que nos lembremos. Hoje nas modalidades de alta-competição assistimos à invasão de atletas estrangeiros de 5ª categoria, que vedam a progressão dos nossos jovens. De igual forma o panorama competitivo é também de tal forma desmotivante nesta área, que nem sei bem o que teria o clube a ganhar. Eclectismo nestes moldes pura e simplesmente não vale a pena!

Claro que defendo o ecletismo no nosso clube, mas num modelo em que o papel social seja mais relevante e crie maior ligação entre atletas, clube e adeptos. O modelo aplicado ao futebol na Academia em Alcochete poderia e deveria ser aplicado no Atletismo, Andebol e Basquete. Criar escolas, prospecção de talentos, etc, como se faz nas camadas jovens, num plano sustentado a médio, longo prazo é o modelo que defendo. Fazermos aquilo que comprovadamente sabemos fazer bem em vez de servirmos de entreposto de viajantes anónimos. Uma excepção para o ciclismo. Não acredito nesta modalidade. Ganha quem não é apanhado no controlo. E afinal para ganhar uma Volta por ano…

Quanto a existir público interessado tenho as minhas dúvidas Leonino. Mesmo no Atletismo, que tantas alegrias nos dá, além dos atletas, seccionistas, equipas técnicas e respectivos familiares não se vê muito mais gente.

A última palavra para o Estado. Todos gostam de aparecer nas fotografias com os nossos campeões mas na hora de reconhecer o nosso papel nunca levam à prática as palavras de ocasião. Na hora de pagar as despesas os atletas são nossos na hora de tirar as fotografias os atletas são nacionalizados! Veja-se o tratamento que nos dispensam os sucessivos governos e gestões camarárias.

verdão

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