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Sangue LEONINO

sábado, janeiro 14, 2006

Franco candidato



Alerta o Verdão, e bem - num comentário a um post anterior - que ainda não se escreveu nada aqui sobre a entrevista de Filipe Soares Franco.

Pois bem:

Em termos gerais, gostei do que ouvi, nomeadamente a racionalização de gestão e de investimentos que ele pretende encetar no clube. No entanto, considero que o Sporting não deve abdicar de modo imprudente de todo o seu ecletismo, e dedicar-se apenas ao futebol.

Não creio que tudo aquilo que Moniz Pereira, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Carlos Lisboa, Baganha, Rui Albuquerque, Livramento, Ramalhete, Chana, Sobrinho, Hernâni, Carlos Silva, Manuel Brito, e outros tantos fizeram ao serviço do nosso clube, nas diferentes modalidades, possa ficar sem herdeiros. Eu sei que os tempos são outros, as exigências são maiores, mas tem que haver uma forma de chamar público aos jogos das várias modalidades e de gerar um financiamento pelo patrocínio.

Quanto ao futebol, concordo com Soares Franco, quando reitera a aposta na formação, mas não me parece que se possa viver apenas dos jovens lançados na equipa principal, sem se mesclar com a contratação de jogadores com tarimba e experiência. O sangue novo é muito bom e positivo mas necessita de ser enquadrado nas exigências do futebol sénior, que não têm nada a ver com as dos escalões jovens. E para isso, precisamos de quem ajude a orientar e a integrar, como o fizeram no passado jogadores mais experientes como Pedro Barbosa, Carlos Xavier, Oceano, Manuel Fernandes, ...

E também não creio que todos estes erros de autêntico amadorismo que se têm cometido ao nível do dirigismo do futebol profissional se possam perpetuar, pelo que, em relação a este ponto esperava ouvir mais do actual presidente, nomeadamente que melhorias pretende implementar.

No que respeita ao património, obviamente que se deve procurar racionalizar, e se tal tiver que passar pela venda de património (edifício-sede, alvaláxia, clínica, ...), assim seja, mas só se for impossível rentabilizar esse património, que até nem se enquadra no core-business do clube, se se entregar a gestão a terceiros. Mas o estádio e a academia deverão ser intocáveis! E que o dinheiro resultante da venda desse património seja aplicado para dar retorno...não para ser desbaratado.

Quanto à candidatura por ele lançada, e uma vez que Ernesto Ferreira da Silva já anunciou que não avança, parece-me que a linha de Roquette e de Dias da Cunha, tem o "seu" candidato. Enquanto os demais que já avançaram, prometem uma ruptura com o passado, Soares Franco promete uma evolução na continuidade.

A ver vamos...

P.S.: li hoje na imprensa que o actual presidente conta com o total apoio por parte de Miguel Ribeiro Telles, algo que me deixa frustrado porque sempre pensei que Telles tivesse outras ideias e outro rumo para o clube, e viesse a liderar uma candidatura de semi-ruptura. Começo a pensar que o ex-dirigente - estimado pela maioria da massa associativa - tem receio em se aventurar para vôos mais altos. É pena!

Leonino
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